Fala galera!
A grande maioria acredita que RODRIGO ARDILHA é carioca, mas ele é natural de Campo
Grande / MS. Incansável profissional, já conta na bagagem com 4 turnês pela Europa
e 1 pelos Estados Unidos. Com 31 anos, Ardilha se dedica integralmente a música
há apenas 5. Ele recusa o título de TOP DJ e se diz apenas mais uma engrenagem
do entretenimento. Nosso convidado acaba de chegar de sua mais recente tour
pela Europa, passou por França, República Tcheca, Áustria, Eslováquia e
Alemanha. Confira a sua entrevista:
Como surgiu a oportunidade de você fazer uma turnê na Europa?
Há algum tempo eu divido cabine com alguns DJs
internacionais em minhas gigs. Com isso os caras me viam tocando e alguns deles
acabaram se tornando meus amigos pessoais. Com essa proximidade os DJs acabaram
apresentando meu material para suas agências no exterior. Em 2010 surgiu a
primeira oportunidade e a experiência rendeu muitos frutos, o que me fez retornar
em 2011 (duas vezes) e agora em 2012. Cada vez que vou pra lá acabo conhecendo
mais promoters e donos de casa noturna que se interessam pelo meu trabalho.
Isso é gratificante pra mim.
Quais as principais diferenças que você notou entre a noite nos locais onde
tocou para a cena brasileira?
Eu acredito que a principal diferença é a
cultura da música eletrônica em geral. A cena lá fora existe há anos e é muito
bem trabalhada por todos os veículos: rádio, tv, festas. No Brasil eu sinto que
o povo segue as tendências, já tivemos a época do Hip Hop, das Raves com Trance
e Full On, recentemente passamos pela cena da House Music. Mas tudo apenas
passa. Lá fora os clubs e empresas tem a cultura de promover somente um estilo,
sendo assim quem curte House Music vai para um club específico onde sabe que
não vai ouvir Drum'n'Bass ou Trance. Ninguém vai ao DJ pedir um Reggaeton!
Como foi a reação do público durante as suas apresentações? Algo te marcou
em especial?
É inexplicável. Mãos para o alto, palmas, gritos, bilhetes. Em cada club por
onde passei tive momentos incríveis novamente e cada um com sua peculiaridade.
Eu toquei pela quarta vez no maior club do centro europeu (o SaSaZu em Praga,
na Repúbica Tcheca) em um evento especial para a Red Bull e foi inacreditável
receber um mega bilhete agradecendo pela noite que eu tinha proporcionado e no
final ler: "Você exorcizou meus demônios". Obviamente eu tive que ter
ajuda do meu empresário pois o bilhete estava em Tcheco! (risos). Outro momento
foi na Bratislava quando um casal russo me disse que foram até a Bratislava
somente para me ver tocar. Que tinham visto uma apresentação minha na The Week
no Rio de Janeiro em 2009 e quando viram que eu estaria "próximo" a
eles não perderiam a oportunidade. O fantástico foi o presente que me deram!
Eles sabiam que eu coleciono Vodkas e me levaram uma garrafa especial Russa!
Isso pra mim não tem preço!
Durante os sets que executou na turnê europeia você apresentou para o
público produções de artistas brasileiros? Em contrapartida, o que trouxe de
bom de lá?
Ah! Isso é irado! Obviamente eu toquei muitos
dos meus bootlegs com músicas famosas de artistas consagrados mundialmente, mas
também pude apresentar pra eles algumas tracks de artistas brasileiros e foi
muito gratificante pra mim ver o povo pulando, gritando e principalmente os DJs
locais perguntando "What a fuck is this?!?!?" !!! Tracks de amigos
meus como do novo projeto do Carlo Dall Anese,
Glasgo, "Arms Wide Open",
do Joe K "Dance in The Streets" e da dupla Felguk com "Jack It". O que trouxe de lá e
espero fazer pegar na realidade brasileira são tracks de alguns DJs belgas com
um groove incrível. Não vou falar os nomes para não despertar o interesse de
agências no Brasil, pois pretendo trazer esses artistas no próximo verão
brasileiro.
Agora que está de volta ao Brasil quais são as
suas expectativas para dar continuidade ao trabalho por aqui?
Viajar é bom, tocar fora é fantástico, mas
sinceramente? Nada como estar de volta em casa! Onde todos falam sua língua,
onde você tem sua comida predileta e seus amigos por perto. Eu já trabalho em
parceria com dois clubs do interior do Rio de Janeiro, ambos com super
estrutura e empresários visionários. Na região Sul Fluminense tenho a Pullse (do proprietário Bruno Costa), em Volta
Redonda, que tem investido cada vez mais no segmento de entretenimento e
entende bem as propostas que a TAPE (agência que cuida da minha carreira)
apresenta pra ele e na região serrana tem o Tamboatá (do grupo Cool Produções, com Xuxu e Marcelus
Tchelo), em Itaipava, que é de longe o melhor club da região. Fora isso
as parcerias junto ao Café
del Mar Brasil, gerenciado pelo espanhol Hector Lopez, tem planos
cada vez mais ambiciosos e eu estou muito feliz em fazer parte desses planos.
Eu fiquei um pouco fora do mercado carioca por conta das minhas viagens pelo
Brasil, mas já estou conversando com alguns clubs da Barra e Zona Sul para
retomar as atividades aqui na Cidade Maravilhosa!
Reportagem: Maurício
Miranda
Twitter: @reportermm
MÓDULO 1
01 – Gotye feat. Kimbra - Somebody That I
Used To Know
02 – Chris Lake - Sundown
03 – The Wanted - Glad You Came
04 – David Guetta feat. Sia - Titanium
05
– Devolution feat. Amy Pearson - Good Love
MÓDULO 2 > Convidado: Rodrigo Ardilha
01 – The Cube Guys - La Banda
02 – Alesso - Years for Praise You
03 – Ne-Yo - Let's Go
04 – Deniz Koyu vs. Coldplay - Hertz in Paradise
05 – Calvin Harris - Fell So Close
06 – LMFAO - Sexy & I Know It
07 – Glasgo - Arms Wide Open
Bookings - TAPE Agenciamento Artístico
O MultiPista vai ao ar
todas as sextas e sábados a partir das 22h.
Bjs, abs e até a semana que vem.
Marcelo
Lyrio.